Como será irônico quando um dia descobrirmos que estávamos
tão ocupados com os nossos serviços que nem sequer paramos um segundo para
escutar as dores das pessoas. Os serviços e títulos que acumulamos eram apenas
vaidade nossa. Entramos na Igreja tão tímidos e calados, agora nem olhamos as
pessoas nos olhos para dar um “bom dia”, “boa tarde” e um “boa noite” – o poder te
corrompeu. São tantos grupos de WhatsApp sendo bombardeados de mensagens todos
os dias, que não muda a vida de ninguém, que nós nunca mais ligamos para uma
pessoa para ouvir sua voz, nunca mais fizemos uma visita a casa de uma pessoa sem exigir nada dela. Marcamos
encontros pelo WhatsApp e nos esquecemos daquela pessoa que sentava lá atrás, nos últimos bancos da
Igreja. Não quero ser um cristão ocupado demais, não quero ser cristão de "microfone", que não fala com Deus, que não
pratica a caridade, que não conversa frente a frente, cara a cara, e ainda achando que estou evangelizando os outros.
Alexandre Trajano de Lima
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