LABIRINTO
Sonhei ter ido visitar uma amiga, ela
estava em sua casa com suas amigas brincando felizes, notei que suas amigas não
gostavam da minha presença. Mas ela sim, ele me viu e cumprimentou. Sua família
a amava muito, e eu também pois éramos grandes amigos. Notei que ela estava
muito triste com algo. Fui com ela a um lugar tipo um supermercado, ou então
uma farmácia. Quando cheguei ao balcão, vi que ela estava comprando teste de
gravidez, ela estava muito triste cabisbaixa. Saímos para ir embora, ela
atravessou a rua e eu fiquei do outro lado, ela estava longe, e de longe olhou
para mim pela última vez, como se despedindo. Eu ouvi gritos, murmúrios e as
pessoas correndo: Exclamando ela morreu na hora! Ela não durou um minuto!
Fiquei lá parado com a sacola na mão sem saber o que fazer, o que eu sentia era
fraqueza nas pernas. Sua família chega e tudo desaba, não pude entender a sua
morte, mas sentia que ela tinha se atirado na frente de um carro, eu não sabia,
mas senti isso pelo seu olhar de despedida.
Fomos ao velório na Igreja local,
todos muito triste é claro, seus amigos, seus pais principalmente. Ela era uma
menina muito querida, uma pessoa com um bom coração. Eu sai fiquei do lado de
fora e senti um abraço por trás, uma pessoa que me abraçava fortemente, e falava
comigo, eu sabia quem era, eu sabia que ela estava lá. Ela falava tão
mansamente, falava em paz, seu abraço era tão caloroso, me enchia de paz. Ela
me perguntou: Você gostou de mim? Você me amava? Eu respondia: No começo sim!
Mas sabia que você gostava de alguém por isso resolvi não prosseguir. Eu caia
em prantos no chão dizendo: A culpa é minha, tinha solução, eu poderia ter
feito mais! De repente o ex- namorado dela chega de bicicleta arrasado,
balançando a cabeça em sinal de desacreditar aquele terrível acontecimento.
Todos estavam indo embora, já era tarde, já era noite. Ela me acompanhou até a
rua, eu atravessei parei do outro lado e lembrei-me que tinha deixado algumas
roupas na casa dela, e sabia que não mais voltaria ali. Corri para voltar e
ainda pude ver mais uma vez ver a sua miragem, corri, corri, e entrei nas ruas
escuras que mais parecia com labirintos. Tentava lembrar-me qual era a rua que
dava para a casa dela, mas não encontrei, eu me perdi. As ruas estavam
desertas, escuras, com uma iluminação pobre, vi-me impotente, sabia que
terminava ali, o tempo passou.
Alexandre Trajano de Lima
Sonho 21/07/2012 – 3 da madrugada.
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