terça-feira, 3 de junho de 2014

Tão jovem! Tão bela!

Te encontrei muito ferida, carregando muitos fardos da vida, precisando de cuidados: atenção, carinho, alimentação e um olhar de ternura.


Tão jovem! Tão bela!

Mas estás perdendo a tua brandura. Essa tua dor causou em mim uma dor. Uma dor que parece não haver cura.

Tão jovem! Tão bela!

Te via sempre em meus sonhos pedindo socorro, mas via tuas costas e um abandono. Não achava que o tempo fosse passar assim. Afastamo-nos do criador – caímos no sono.

Tão jovem! Tão bela!

Viajei para muito longe para encontrar a tua cura, o remédio para sarar as tuas feridas. Não houve despedidas.

Tão jovem! Tão bela!

Um rosto do amor, que me faria criar um outro rosto do amor, que eu já estava amando antes de nascer. Eu iria ser muito feliz vendo esse rosto crescer.

Tão jovem! Tão bela!

Estou ferido, mas aguento, não posso recusar este pedido de socorro. Entendi que esse remédio havia acabado em sua família. Precisava ir para bem longe!

Tão jovem! Tão bela!

Voltei, encontrei o remédio, tome, te sararei, te renovarei, me dá o teu fardo, descansa, não lute comigo, não bate em mim, não me perfure, estás agitada, calma, te trouxe o remédio, sofri muito, bebe, dorme, sonha, acorda feliz, te receberei com um olhar de ternura e um sorriso bobo.

Tão jovem! Tão bela!

Mas já recebeu o remédio do amor de Deus. 

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