Como peregrino que eu era, quando
coloquei meus pés em solo sagrado, naquela terra que se chama Católica,
universal, indaguei-me se teria o necessário para ficar. Acabei encontrando uma
terra de São Roque, onde existia um grupo que em seu interior tinha um Coração
de Maria. Encontrei uma comunidade onde pude extrair o Sal e a Luz necessários para
a minha viagem.
Como peregrino que eu era, ao
caminhar pela praia, ao nascer do sol, encontrei um anjo que amei e que me
deu forças para voltar.
Como peregrino que eu era,
cheguei em frente a muros altos, onde existia uma cruz Vermelha elevada, abaixo
escrito: aqui nós ajudamos os pobres, doentes e perdidos. Meus passos era m Camilianos. Neste local, encontrei um jovem monge, mas muito sábio, onde ele me
mostrou a pequena gota d’água que eu possuía e me indagou, como eu próprio faria
para não deixá-la secar. Encontrei também, um grupo de viajantes como eu, mas
em essência, diferentes de mim, pois percorriam o mundo felizes, porque possuíam
tesouros como reis e príncipes nunca sonhariam possuir. Esse grupo era
Missionário.
Como peregrino que eu era e como
peregrino que sou, acabei percebendo que escolhemos os nossos caminhos, que a
vida aqui é uma passagem e devemos separar de cada terra que pisamos os
alimentos necessários para continuarmos. Caminhando, nós abrimos caminho.
Percorrendo o mundo, nós vemos um mundo que nos percorre. Correndo atrás da fé,
um dia a encontraremos. O que a vida reserva para nós, é o que nós reservamos a
vida. Seja peregrino de onde você está, mas seja fixo naquilo que você
acredita. Minha gota d’água não secou porque encontrei um amor maior, voltei
para minha casa e não estou mais só. Encontrei a terra onde quero fixar o meu
lar.
E você? O que você fará para a tua
gota d’água não secar?
Alexandre Trajano de Lima 8 de Dezembro de 2013 - Tabor XXI
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