Eu estava sentando naquele sofá e a 'vitória' sorria como se nada estivesse acontecendo, também, ela já estava acostumada com isso. Dona 'Ivete' ainda estava na cama e senti profundamente que ela não sairia dali, somente para o lugar de repouso eterno. Andei pelo corredor do hospital, parei diante de uma janela e vi a cidade e as pessoas caminhando de um lado para o outro. Dona Ivete encontrou-se com Deus, e eu, mais uma vez não entendi a brevidade da vida. Acompanhei aquela Senhora desde sua fisioterapia até o seu leito de morte. A vitória era uma adolescente que no inicio da vida, já vira a morte e o abandono paterno com um sorriso no rosto. Naquela noite, uma jovem mulher que sorria e a uma velha mulher que morria.
Alexandre Trajano de Lima
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