Quando estava no posto de serviço, de madrugada,
encostei minha arma em um muro – isso é um grave erro de segurança – sentei-me,
tirei o meu boné e fitei o céu estrelado. A nossa fé é assim – temos que
abaixar nossas “armas”, rendermos ao passo do desconhecido e olharmos para o trono
de Deus e dizermos: Deus estou aqui, o que queres de mim? Qual é a minha
missão? Naquele lugar de solidão, no escuro, tendo que ficar acordado,
guarnecendo o posto de serviço, olhando hangares cheios de aviões, senti-me
como no deserto da vida. A nossa fé é assim, um dia nos sentiremos sozinhos, e
o que guardamos no coração todo esse tempo será o nosso guia, será o nosso
alimento. O soldado é aquele que protege o posto de serviço com a própria vida.
Pelo quê você tem lutado todo este tempo?
Alexandre Trajano de Lima
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